Outubro Rosa: a prevenção e detecção precoce é o caminho para garantir a saúde plena e o êxito no tratamento

Entenda como funciona o controle priorizando a prevenção do câncer de mama.

Apesar da forte campanha de prevenção, especialmente em outubro que é o mês de campanha mundial de prevenção do câncer de mama, este que é o segundo tipo de câncer mais comum no mundo, ainda representa cerca de 12% do total de casos novos de câncer.

O cenário pandêmico contribui com um aumento de casos no país pelo motivo de que muitas mulheres evitaram realizar seus exames periódicos nesta fase. Estudos e pesquisam ainda mostram que a forma mais eficaz de prevenir e conquistar êxito no tratamento, é o diagnóstico precoce.

Foco na prevenção

Realizar exames de rotina é a melhor forma de identificar o câncer de mama ainda em estado inicial, este diagnóstico precoce é o fator predominante para cessar o desenvolvimento da doença e afastar o risco de morte e mastectomia.

Um estudo sobre prevenção do câncer de mama realizado pelo Dr. Luiz Claudio Thuler, Médico epidemiologista do Instituto Nacional de Câncer, define três estágios de prevenção no período de progresso da doença:

Prevenção primária: quando o monitoramento é realizado periodicamente antes da instalação da doença;
Prevenção secundária: quando é diagnosticado o câncer após a sua instalação, mas não há sintomas. Nesta fase se inicia o tratamento para alterar o curso da doença;
Prevenção terciária: o diagnóstico é feito com o câncer já em estado mais avançado, quando apresenta sintomas, os riscos de vida ou mastectomia neste caso são maiores.

O foco deve ser na prevenção primária que diminui a incidência do câncer e a exposição aos fatores que levam ao desenvolvimento dele.

Fatores de risco

Ainda neste estudo vemos os fatores de risco que são passiveis de intervenção e os que não podem ser modificados:

Obesidade pós-menopausa, tabagismo, alta exposição à radiação ionizante e pesticidas, são fatores que podem ser alterados.

Ser do sexo feminino, menarca precoce, avanço da idade, menopausa tardia, primeira gestação tardia, histórico de câncer no ovário e mamas na família, histórico de doença mamária benigna, alta densidade mamária e mutação genéticas, são fatores de risco maior e que não são passiveis de intervenção.

Sexo – o câncer de mama em mulheres tem de 100 a 150 vezes mais chances de ocorrer, devido ao tecido mamário e a concentração de estrogênio endógeno.

Idade – o amadurecimento também contribui com o desenvolvimento do câncer de mama, 91% das mortes acontecem em mulheres com mais de 40 anos.

Genes – o fator genético é um risco maior antes dos 50 anos, principalmente se incidência for em pessoas de linhagem familiar.

Mutações – nos genes BRCA1 e BRCA2 os casos são de 5 a 10%.

Estrogênio – em tratamentos de reposição hormonal na menopausa é preciso cuidado com o aumento deste hormônio que induz o crescimento das células o que potencializa a mutação dos genes.

Especulações de caso

Diante do conhecimento popular, é necessário informar casos em que o câncer de mama não está associado como: a exposição em campos magnéticos, trauma nas mamas, uso de desodorantes antitranspirantes e implantação da prótese de silicone nas mamas.

Há especulações, porém com baixas evidências de que o abortamento, o aumento do volume mamário, uso de drogas anti-inflamatórias e a ingestão de fitoestrogênios, podem aumentar os riscos do desenvolvimento de câncer de mama, com tudo, dados mostram que 50% dos casos podem ser explicados pelos fatores de riscos citados acima.

Evidências sobre os exames de prevenção

Os exames disponíveis para detecção do câncer de mama fazem parte de programas de rastreamento e desenvolvimento da doença na população, dentre eles estão:

Mamografia – MMG: um estudo clínico implantado em larga escala no Reino Unido, mostrou que foram detectados em fase inicial de 71 a 98% das mulheres que realizaram a MMG anualmente.

Exame radiográfico – a detecção da doença por este exame promove uma redução de 25% do risco de morte.

Exame Clínico das Mamas – ECM: nos anos 80, um estudo no Japão mostrou que o ECM atingiu 50% das mulheres, com isso houve uma redução de 42% da mortalidade por câncer de mama.

Auto Exame das Mamas – AEM: as mulheres devem iniciar o AEM aos 20 anos de idade, 90% dos casos detectados de câncer de mama, são feitos pelas próprias mulheres.

O Outubro Rosa e o cuidado contínuo da saúde

Este mês de outubro serve para alertar a todos sobre esse cuidado tão importante da saúde das mamas, em especial as mulheres que estão entre os fatores de risco. Mas, vale lembrar que o cuidado deve se estender ao longo do ano.

Ações de prevenção são estratégias muito eficazes para nos conscientizar e diminuir a mortalidade que pode ser evitada com um diagnóstico precoce. Previna-se, cuide da saúde das mamas e tenha uma vida plena!

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