Aleitamento Materno e Pandemia: tudo bem amamentar?
Por Renata Chatara, fundadora da Clínica Chatara
Ainda que a pandemia da COVID-19 já tenha completado um ano, as descobertas sobre o novo coronavírus e suas variantes mais recentes, os meios de tratamento e proteção, a eficácia e segurança da vacinação, continuam a gerar dúvidas sobre como devemos agir em cada situação.
Sabemos que o panorama atual não é nada animador. Apesar disso, as condutas de prevenção contra a COVID-19 e as recomendações do Ministério da Saúde em relação ao aleitamento materno são estudadas, têm fundamento científico e contam com o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria.
O Departamento Científico de Aleitamento Materno lançou, ainda em 2020, uma nota de alerta sobre o assunto. Nessa nota, estão incluídas orientações essenciais para a proteção da mãe e do bebê ainda na maternidade, e também após a alta de ambos.
O vírus pode ser transmitido pelo leite materno?
Até o momento não existe qualquer comprovação científica da transmissão vertical do novo coronavírus. Isso quer dizer que não existem evidências de que nem no período de gestação nem no de amamentação ocorre a transmissão do novo coronavírus da mãe para o bebê. O leite materno, portanto, não é considerado um agente de contaminação e não representa risco para o bebê.
Por conta disso, o Ministério da Saúde determinou apenas medidas para resguardar a saúde da mãe e do bebê somente no que diz respeito ao contato físico pele a pele após o nascimento, incluindo o momento da amamentação. Assim, com base no que se sabe até hoje, algumas medidas de proteção foram estabelecidas e devem ser tomadas desde a sala de parto até o retorno à vida familiar.
Como mãe e bebê estarão protegidos?
Em primeiro lugar, vale rever os procedimentos gerais de segurança para qualquer pessoa durante esse período de pandemia. Todos, incluindo crianças, devem usar máscara de proteção sobre boca e nariz (até dentro de casa quando estiverem presentes pessoas que não estejam isoladas com a família), evitar tocar o rosto, lavar as mãos frequentemente com água e sabão, tomar banho e trocar de roupa quando vier da rua, usar álcool em gel para higienizar as mãos dentro e fora de casa, e manter o distanciamento de um metro e meio seja num ambiente fechado ou aberto.
Em relação ao aleitamento, dependendo do estado de saúde da mãe, do ambiente em que ela e o bebê residem, e ainda das pessoas com as quais convivem, medidas de segurança mais específicas deverão ser tomadas em cada caso.
TODAS AS MÃES devem:
- usar roupas limpas;
- usar máscara higienizada ou descartável;
- lavar bem as mãos antes/depois do contato com o bebê.
MÃES COM SINTOMAS de gripe ou resfriado, além das medidas acima, devem:
- manter a distância mínima de 2 metros entre o leito materno e o berço do recém-nascido;
- usar máscara e roupas limpas durante a amamentação e em todos os momentos de contato com o bebê para cuidados de rotina, como a troca de fraldas, o banho, entre outros.
MÃE COM SUSPEITA OU CONFIRMADA PARA COVID-19, além de todos os cuidados já mencionados acima:
- pelo fato de o vírus se espalhar pelo ar por meio de gotículas de saliva liberadas durante ao falar, espirrar, tossir, recomenda-se também o uso de uma barreira física que evite o contato direto da mãe com o bebê, tal como a incubadora, uma cortina, entre outras.
Agora que você já conhece o protocolo de segurança do Ministério da Saúde para o aleitamento materno, lembre-se de que o leite materno é sem dúvida a melhor forma de nutrir seu bebê nos primeiros seis meses de vida. Portanto, com os cuidados em dia, não há razões para temer a contaminação e privar a criança do alimento mais importante para o crescimento e desenvolvimento.
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